Vem, anda comigo pelo planeta! Vamos sumir!!! Vitor Ramil

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Árvore Genealógica

Estou voltando do Rio de Janeiro hoje, passeio maravilhoso, lugar realmente abençoado...
Tô devendo a postagem sobre o por do sol de Paraty, vai sair, mas hoje preciso falar de outro coisa.
Visitei, ainda que só de passada tia Fátima, Bruno e Guilherme. Tia Fátima, esposa do saudoso tio Arno, meu tio avô, irmão do vô Bruno. Ganhei dela o violino dele. Nossa, que responsa, não?
E o detalhe é que tenho um violino (meio violino, né Carla?) que ganhei do vô...
Fiz aulas por seis meses, toco Brilha Brilha Estrelinha e outras coisas, mas ainda não me acostumei com a pegada certa do arco, detalhes da digitação. Talvez se eu praticar...
O detalhe do que eu estou pensando é o seguinte: será que sou a única bisneta do velho dentista, Guilherme Feldens a manter a tradição musical???
O vô Guilherme, dentista de profissão, era um flautista. Tocava flauta transversal. Eu nunca soube detalhes de como ou quanto ele tocava, mas acho que ele aprendeu em Dois Irmãos, e imagino que fosse bom...
Ele colocou os dois filhos mais velhos em aula particular de violino: o tio Arno e o vô Bruno. E deles dois só o vô que manteve a música. Dos outros filhos do dentista só sei do tio Egon que tocava violão e hoje em dia se arrisca no sax. Tia Nute e tio Nica não sei...
Dos filhos do tio Arno, o Bruno fez aulas de guitarra e baixo, mas não é um músico. Ele apenas teve a música por um tempo. Os outros filhos e netos nada, por isso a tia Fátima disse que me daria o violino...
Dos filhos do vô, praticamente todos tocam. Todos cantam muito bem. Quando se juntam sempre sai música. Mas só o pai e o tio Guinho mantiveram a música no dia a dia. E o tio Guinho escolheu um caminho um pouco mais tortuoso, tocando em bares acabou se envolvendo com a bebida. O pai, mais professor que músico, toca até hoje e tem muitos discípulos, inclusive eu.
Dos netos do vô Bruno, alguns apreciadores de boa música, mas nem muitos executores. Acho que todos gostam de cantar, até o Henrique! Mas tocar... O Ricardo teve seu tempo de violeiro, o Marcelo é cantor, a Bruna foi cantora de banda, a Valéria ama música, a Carla e a Cláudia ficaram só pelo Curumim porque os dedos doem pra tocar violão, agora a safra nova parece boa: o Paulinho e o Érico são bons, O Érico lê partitura, toca piano e destrói na guitarra, o Carlo também tem sangue, mas eu acho que eles podem largar a música logo ali... Então, eu acabei ficando com o violino do vô, de meia com a Carla, por conta de um favor que prestamos ao vô.
Mas será que só eu?
Eu não sei o quanto a música era importante pro vô Guilherme, nem se o pai dele ou o irmão tocavam, mas ele quis que os filhos aprendessem. Deles, só o vô se manteve musical a vida toda. Era professor, mas era regente, instrumentista. Ensinou os filhos. Deles 7 só dois sobraram com música no dia a dia. Dos filhos deles, só eu? Puxa. Acho que é pouco. E agora eu, professora de música, tenho dois violinos...
Essa história fica aqui.

A outra é: as pessoas me perguntam: O que você faz.
Sou professora.
Ah. De quê?
Música.
Nossa, que legal, que show, demais mesmo, ser professora de música é muito legal, blá, blá, blá...
Ora, ser professor é que é difícil, é que tem que ter talento, saber ensinar de tudo como fazem meu pai, minha mãe, a Valéria, o vô e a vó é que era. Eu só sei ensinar música. Então, valorize o professor, não só a música...


5 comentários:

Carla Feldens disse...

Não é que dói o dedo, é que estraga o esmalte. Mas brincadeiras a parte, sua reflexão foi longe. Nunca tinha parado pra pensar sobre isso. Mas será que me animo a fazer aulas de música?? Acho que não é pra mim... A estante dos instrumentos precisa de uma nova prateleira agora!

Rutinha disse...

CARLAA!!!!Tu és o mÁximo.

Rutinha disse...

Pô essa visita foi emocionante...receber esse presente,essa herança desse tio tão querido,fiquei mt emocionada.Minha esperança é q consigas tempo, para fazer aula,dois violinos é um sinal....
Sem dúvidaessa família musical,é mt especial, graças q nasceram nela, tão cheio de VIDA.MÚSICA É VIDA.E eu, em especial, sou abençoada,sempre tenho música e música ao VIVO.AMO OUVIR MEUS músicos.Obrigada meu DEUS.

Tiarles Rodeghiero disse...

Ganhar um violino de herança é responsa mesmo! Que massa!

Foi um post com uma reflexão séria, mas o lance dos dedos doerem foi muito "Que dor, nada, suas frescas! Deixem de bobagem!"

Tuas primas ainda falam contigo?
Heheheheh

ViKa_FeLdENs disse...

Pois é...
As unhas também atrapalhavam, não era só a dor nos dedos...
Thiarles, elas assumem o adjetivo que deixei, por isso ainda falam comigo! Hahahaha!
Meta de 2012; aprender violino direito!
Hehehe!