Vem, anda comigo pelo planeta! Vamos sumir!!! Vitor Ramil

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

É!

Queria escrever sobre algumas coisas, mas não estou conseguindo organizar direito o que pensar.
Hoje a SMED e a UFPel realizaram mais uma etapa do Encontro das Escolas do Campo. Ano passado quando começou eu tive aquela primeira atitude de criticar: pô, mais um encontro, uma reunião que não vai dar em nada... Mas agora, na EMEF Garibaldi, a turma que reclama é minoria, o que não acontecia nas outras escolas que eu trabalhei. A turma empolgada, que acredita nas coisas é superior, e leva o resto. Fui nos encontros, e até tocar violão eu toquei... E a nossa escola era umas das mais bem representadas...
No encontro de hoje, os organizadores tentaram suprir algumas de nossas necessidades, que representamos em falas, relatos, discussões no ano passado. Entre as necessidades a vontade de conhecer a história e geografia da nossa região.
Eu não trabalho com nada que não seja música. Hoje eu poderia ir pra lá, não prestar atenção, chegar tarde, sair cedo e ainda achar ruim, chato, sem propósito...
Ir trabalhar na Garibaldi foi um sonho, um objetivo que por uma série de fatores e pessoas consegui alcançar. Agora que estou lá tenho que agradecer, me dar por contente. Uma maneira de mostrar isso é pelo meu trabalho, pela minha participação. Ora, não posso querer ir para um lugar e depois não querer estar lá.
Pensando assim, hoje de manhã acordei cedo, mesmo sabendo que essas coisas sempre atrasam, peguei meu violão e fui. Sabia que iriam querer que cantássemos. E porque não cantar se estou feliz com meus colegas? Cantei. Cantamos. Não sei o que os outros, outras escolas pensam, também não sei se me interessa. Os mesmos que não devem gostar são os que chegam atrasados, saem mais cedo, não percebem do quê se trata, não compreendem, não absorvem quase nada...
Fiquei muito feliz de saber do que os professores de maneira muito boa falaram. Não é minha área. Mas não quer dizer que essa história não seja minha. Ter a presença de dois grandes professores da UFPel, prof Alcyr Bach e prof Mário Osório, e ter um dia sem trabalho só para ouvi-los é de se agradecer...
Foi muito legal!

E o mais tri foi o Alcyr achacando com o superintendente de educação... Ninguém merece aquele falatório!!!

Acho que geografia e história estão no meu sangue!

Empolgante!


Domingo passado foi dia de estreia para o Corrientes na ADCP...
Nosso time, atual campeão, com ótimas contratações teve uma boa apresentação... Além dos 4x0, bola na trave, tirando tinta, dribles e tabelas (ainda que tímidas, mas tudo bem, pelo desentrosamento) mostraram que estamos querendo nos manter no status que conquistamos há poucos meses...
Dos reforços:
Duda e Fernanda, ambas ex-Santa Silvana, entraram confiantes. Jogaram bem.
Heloísa, ex-atleta do Pelotas, jogou no meio (não é sua posição de origem) e mandou bem.
Jéssica de São Lourenço, atacante, marcou 2. Preciso dizer mais???
Jéssica, ex-Santana (talvez a melhor qualidade dela!!! Ela fez um de falta na final, e um de bicicleta contra nós... Melhor tê-la no time, né???), marcou o dela também...

E das "antigas", Tainá com o braço podre defendeu, Geise deu sorte! A Letícia é só garra lá atrás, as trigêmeas muita bola, Elisiane joga muito, mas tem que tocar mais!!! Tati, deixou o dela pra torcida! Raquelão, quase dois de cabeça, Roberta, Shaiane, Denise... A Joze que cedeu a vaga no time... Bah, espero não ter deixado ninguém de fora... Só as meninas que faltaram: Míriam e Tauane.

Domingo, se não chover, voltamos ao campo da grande final, para o jogo contra o União.
Estamos na expectativa para saber como está o Santana, com suas contratações de São Lourenço... Fizeram 7 no União...

É sempre bom ter uma competição! Ter um time como esse é maravilhoso!

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

22 de setembro: dia mundial sem carro!

É????

Vi isso na internet, peguei minha bike e saí.


E o que encontrei nas ruas de Pelotas: carros, carros, carros, carros...
E até parece que estavam mais malucos que o normal...
O transito das 13:30 hoje estava especialmente mais infernal do que o normal. Encontrei pouquíssimas bikes no caminho até a faculdade, mas muitos carros, motos, ônibus dirigindo em velocidade e fazendo ultrapassagens desnecessárias, fumaça, barulho...
E eu de bicicleta, no meu cantinho, pedalando, sentindo o ar quase puro nessa quinta feira ensolarada e de temperatura super agradável.
Ainda bem que eu saí de bicicleta! Pude curtir o 22 de setembro e dizer que fiz a minha parte. Aliás, fazer minha parte é um tema sempre presente em minha cabeça. Claro que não tenho dinheiro para ter um carro, e adoro dirigir e usar o do pai, sempre que possível, mas ter o meu carro, mesmo que seja uma projeção futura, às vezes tropeça nos temas "sustentabilidade" e "meio ambiente"...
Tenho muitas (muitas mesmo) horas e quilômetros em ônibus. Odeio esperar ônibus. Adoro a ideia de dirigir sozinha, poder jogar tudo o que preciso (roupas, instrumentos, material de futebol...) dentro do carro e ir pro Morro, ou pro trabalho... Mas, e a poluição? Se eu consigo fazer tudo isso sem um carro... Depois que eu tiver um vou conseguir deixá-lo na garagem? E os preciosos minutos pedalando? Minha saúde agradece. Depois de ter um carro vou descer e subir minha bicicleta do quarto andar para dar uma voltinha, ir pra aula ou pro jogo??? Provavelmente não... O carro deixa de ser uma opção e se torna a única.
Sei lá, na família dos Feldens todo mundo adora carros, adora dirigir. Não sou diferente. Sei do conforto que é, e sinto falta disso quando estou domingo de noite esperando ônibus pra vir pra pelotas...
Mas...
Bom, enquanto não tenho dinheiro para comprar um, o papo da sustentabilidade fica firme e fácil. Depois não sei. Mas espero que mesmo quando eu venha a ter um carro eu possa deixá-lo na garagem para andar a pé, de bicicleta ou ônibus (e que esses possam estar cada vez melhores, para que sejam realmente uma opção para quem tem carro...).

Bom, estava escrevendo isso para dar um tempo e ir pegar minha bicicleta que acabei deixando no conSerto... A facada vai ser grande, mas...

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Gauchismo


Um amigo postou no Facebook que ficava de cara com as pessoas que se "tornavam" gaúcho nessa época do ano. Não concordo.
Ser gaúcho é mais que usar ou não usar bombacha.
Nuca fui muito ligadas nessas coisas de CTG, embora uma pontinha de mim sempre estivesse com aquela vontadezinha de entrar pra invernada... Talvez pelos amigos, sei lá. Mas aí pensava no vestido, arrumar o cabelo, dançar... Não, não era pra mim. Acho que pedi uma vez pro pai, mas logo desisti da ideia.
Não me arrependo (a não ser quando, num Twitt do @gauchao_online ele largou a verdade: "quem não dança maçanico, não arruma namorado!!!!!).
Depois cresci, fui morar com a Carla, e ela, criada em apartamento, e ainda lá em Curitiba, se revelou uma baita gaúcha... Dessas que não dispensa um rodeio, um guri de boina, um truco e um cavalo fedido (dispenso todas as opções) e um chimarrão. Esse sim, meu maior orgulho gaúcho, foi a Carla que me ensinou.
Gosto da música do Rio Grande do Sul. Não de toda, claro, mas tem muita coisa que eu canto a plenos pulmões...
Gosto de passar a semana Farroupilha em Piratini.
Gosto de dizer que gosto do nordestão na praia (mesmo sendo mentira), e do minuano quando saio cedo pra trabalhar...
Gosto, gosto muito de churrasco. E acho que isso me basta pra ser uma boa gaúcha!
Mas o que mais me toca é a necessidade e o prazer que sinto de ser e demonstrar minhas origens quando estou fora do RS.
Falar tu e tomar chimarrão fora do estado é o que há de bom!

Não sou gaúcha de ocasião, mas a ocasião me aflora o gauchismo. Não preciso ser de CTG para sentir orgulho das coisas da terra. Não preciso achar bonito esses guris de boina suja, e chapéu de aba larguíssima (que tanto me assustaram naquela única bailanta que fui...). Posso simplesmente cevar meu mate todos os dias, rir das piadas do @gauchao_online e do Guri de Uruguaiana, rir e concordar com "coisas de gaúcho", ouvir minhas músicas "nativistas de leve" e bendizer meu estado por onde eu for.

domingo, 11 de setembro de 2011

Damião



Ele é bom né???

Ele é o cara!

Alegrou ainda mais meu domingo!!!

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Bra-Pel

Sou Xavante desde que me conheço por gente. Meu pai é. Sempre me contou as histórias dos grandes jogos. Ele acompanhou aquela copa do Brasil histórica, o jogo contra o Flamengo... Eu sempre imaginando como devia ter sido...
Esse domingo foi meu primeiro Bra-Pel do time principal... E foi especial.
Mas quero começar a história um pouco antes.
Quando comecei minha "carreira" futebolística joguei um tempo no Pelotas e depois passei para o Brasil. Nessa época vivencia a rivalidade que meu pai contava, e que lá em Morro Redondo eu não tinha chance de perceber. Éramos jogadoras do G.E. Brasil, de andar de abrigo por ai, de saber cantar o hino, de dormir no alojamento do Bento Freitas... Nessa época assisti meu primeiro jogo da equipe adulta: Brasil de Pelotas x Brasil de Farroupilha, não lembro o resultado, lembro que ganhamos. Eu fui com o pai e a mãe porque a equipe feminina (da qual eu fazia parte, mas não podia jogar ainda pela pouca idade) fez antes um jogo contra o Grêmio, valendo pelo Gauchão, e as minhas colegas ganharam num jogo histórico. 1998 era o ano...
Aprendi nesse dia a apreciar a Garra Xavante.
E qual outra menina de Morro Redondo podia dizer que frequêntava estádios de futebol???
Depois disso assisti vários jogos, juntamente com a equipe feminina, na época que tínhamos apoio da diretoria. Isso acabou, mas eu segui sendo xavante. Lembra do Luisinho batendo falta? Eu amava ver aquilo...
Depois disso pouquíssimas vezes fui na baixada. Acompanhava mais de longe os resultados que nem eram muito animadores. Isso mudou quando a Carla veio morar aqui. O primeiro jogo que fomos precisamos de companhia, para criar coragem. Mulher não pagava e o Millar tava começando a brilhar...
Ficamos fanáticas! Vimos grandes decisões! Série C, Gauchão... Grandes jogos, tarde de domingo, de noite, na chuva... Valia qualquer coisa... A certeza de que o Millar iria decidir. O Feijão no gol. Eu sempre reclamando do Cléber Gaúcho... O Régis e o Alex Martins, os mais guerreiros...
Dai veio o acidente. Inacreditável.
E que jogos tristes depois daquilo.
Perdemos quase todas naquele Gauchão que não deveríamos ter jogado. Eu vi o Inter arrasar o Brasil, com Andrézinho e Taison...
De bom só as asas que o símbolo ganhou nas camisetas mais bonitas... As asas do Millar...
Agora não tem um jogo que a gente tenha a certeza de que alguém vai resolver... O Athos até tá tentando, mas sei lá...
Domingo, meu primeiro Bra-Pel. Fcamos 1:20 na fila, tomando cerveja no sol... O primeiro tempo não deu pra ver nada, por que ficamos em baixo, só se via que a coisa não estava muito boa em campo, que a Garra está muito diminuida e que a "Dança do Pelotas" que o Jorge Fernando falou na TV é engraçada pra caramba...
Segundo tempo, lugar melhor na arquibancada. Finalzinho de jogo, eu em desespero (e acho que toda torcida) vi a bola pingar pra dentro do gol e colocar os pingos nos is. Quem comemora na Baixada é Xavante! Calou a torcida do lobo...
Meu, gritei muito! Foi muuuuuuiiiiiittttttoooo bom! Palavrão foi pouco...
E o Vanderlei ainda nos salvou! Mesmo com as cagadas do 5 e do 4... Por favor!
Agora, a emoção de ver aquela bandeira gigante subindo... Não tem como descrever...
Foi bom!
Sou muito xavante.
E, sempre que o Pelotas perde, eu me divirto!

Damião

Bom, ele ainda não confirmou se vai querer casar comigo, mas esse é outro assunto...
Eu não tava nada feliz por ele ter ido pra seleção pra esse jogo sem significado. Mas se não fosse ele, pobre do Mano...
Não olhei o jogo, mas tenho uns comentários prontos. E como aqui posso dar minha opinião sem pagar nada para ninguém, lá vai: Gosto do Ronaldinho Gaúcho, se ele quiser jogar tem vaga pra ele, ao lado do Oscar (hehe). Pra mim o Ganso nunca vai ser niguém no futebol, apesar do potêncial. Não tem "cabeça", ou a prévia de sucesso subiu à cabeça... Não sei.
Neymar me alegra jogando, mas assim como o Negueba na sub 20, não dá em nada. Ele é muito pouco objetivo... O Pato também... Sei lá, se perdeu na vida, acho que a Stéfanie Britto levou o fut dele no contrato de separação... Fred é palhaçada na seleção (então chama o Sóbis, ou o Rafael Moura)... O Felipe Coutinho é outro que já tá surgindo mascarado, não vai emplacar a ponto de salvar uma seleção...
Isso só para falar dos jogadores de frente.
O sistema defensivo fica para outro post...
E ainda bem que o Damigol volta pra rodada de quarta, pq domingo ele fez falta!!!

sábado, 3 de setembro de 2011

Sábado

Meu pai é um cara "estudado" como se diz lá fora, mas ele acredita em certas coisas que não deveria (e ele sabe)... Acredita pois ouvia falar, e acha divertido falar também... Ele tem uns dizeres mais que tradicionais, que eu já sei de cor... Tipo "deitar o cabelo" para ir embora, "saiu da merda e se atolou no cagalhão" não preciso traduzir, neh? Ele acredita que pessoas se enforcam em dia de vento, que as pessoas da quarta zona de Canguçu podem ser reconhecidas em qualquer lugar do mundo por sua aparência... São tantas...

Mas a que me interessa hoje é a tese de que só existem dois sábados no ano em que não tem sol. É assim, bem vago mesmo. É no lugar em que tu está, e qualquer "nesga" de sol tá valendo.

O fato é que eu gosto dessa tese. Acredito nela, sem testar, e vou passar adiante.

Sábados são especiais. É o começo do descanço. Dá para adiar toda e qualquer obrigação. Sempre tem chimarrão e uma tarde de bobeira.

Sábados com sol são mais especiais ainda. Dá para ficar na rua, passear pelo comércio de Morro Redondo, encontrar os vizinhos, mexer na terra...

Hoje foi um sábado desses. Com muito sol. Lá em casa teve música já apartir das 10 da manhã, teve churrasco, teve horta, chimarrão no sol, bate papo.

E, para fechar com chave de ouro, vim para Pelotas só pra jogar um futebol esperto! E acabei na sinuca e no Circulu's... Bom, não?

Outro dizer do pai que vale pra amanhã e depois: "Não há sabádo sem sol, domingo sem missa, e segunda sem preguiça"