Vem, anda comigo pelo planeta! Vamos sumir!!! Vitor Ramil

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Gauchismo


Um amigo postou no Facebook que ficava de cara com as pessoas que se "tornavam" gaúcho nessa época do ano. Não concordo.
Ser gaúcho é mais que usar ou não usar bombacha.
Nuca fui muito ligadas nessas coisas de CTG, embora uma pontinha de mim sempre estivesse com aquela vontadezinha de entrar pra invernada... Talvez pelos amigos, sei lá. Mas aí pensava no vestido, arrumar o cabelo, dançar... Não, não era pra mim. Acho que pedi uma vez pro pai, mas logo desisti da ideia.
Não me arrependo (a não ser quando, num Twitt do @gauchao_online ele largou a verdade: "quem não dança maçanico, não arruma namorado!!!!!).
Depois cresci, fui morar com a Carla, e ela, criada em apartamento, e ainda lá em Curitiba, se revelou uma baita gaúcha... Dessas que não dispensa um rodeio, um guri de boina, um truco e um cavalo fedido (dispenso todas as opções) e um chimarrão. Esse sim, meu maior orgulho gaúcho, foi a Carla que me ensinou.
Gosto da música do Rio Grande do Sul. Não de toda, claro, mas tem muita coisa que eu canto a plenos pulmões...
Gosto de passar a semana Farroupilha em Piratini.
Gosto de dizer que gosto do nordestão na praia (mesmo sendo mentira), e do minuano quando saio cedo pra trabalhar...
Gosto, gosto muito de churrasco. E acho que isso me basta pra ser uma boa gaúcha!
Mas o que mais me toca é a necessidade e o prazer que sinto de ser e demonstrar minhas origens quando estou fora do RS.
Falar tu e tomar chimarrão fora do estado é o que há de bom!

Não sou gaúcha de ocasião, mas a ocasião me aflora o gauchismo. Não preciso ser de CTG para sentir orgulho das coisas da terra. Não preciso achar bonito esses guris de boina suja, e chapéu de aba larguíssima (que tanto me assustaram naquela única bailanta que fui...). Posso simplesmente cevar meu mate todos os dias, rir das piadas do @gauchao_online e do Guri de Uruguaiana, rir e concordar com "coisas de gaúcho", ouvir minhas músicas "nativistas de leve" e bendizer meu estado por onde eu for.

4 comentários:

Tereza disse...

Concordo plenamente que ser gaúcho é muito mais que usar uma roupa típica, muito embora eu ache até bonito. Ser gaúcho é saber viver fora do torrão amado, respeitando a quem lhe acolhe e dessa forma mostrar que gaúcho tem caráter, tem história, tem coragem, mas sabe cortar fundo, como o minuano, quando lhe ferem a alma. Não sou de ocasião, mas não dispenso meu botão na semana farroupilha.

gfeldens disse...

achei muito bom, o ultimo paragrafo entao achei excelente

Rutinha disse...

Beleza!Q tarde maravilhosa!
Parabéns para esse povo do CTG.
Revelando talentos,e nos dando o prazer de um bom programa.
Buenas.... tchê....

Janaína Bartels disse...

Ri do susto que tu disse que levou, dos chapéus de aba larga...hauhauhau!! E esse não foi o único susto... Aquela bailanta ficou na história!! Bjus!